quarta-feira, 20 de outubro de 2010

...pro mundo ficar Odara

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Bastou o encontro
Ninguém disse nada pra ninguém
Nós simplesmente nos abraçamos
Como se já soubéssemos que talvez essa tenha sido a nossa última vez
Foi um abraço longo
Permanecemos assim pelo menos uns cinco minutos
Sem nenhuma palavra
Depois do longo abraço
Ela deitou no meu colo
Enfiando a cabeça nas minhas pernas
Como era de costume
E eu acariciava as suas costas
Enquanto via as minhas lágrimas correndo por ela
Continuamos assim
Sem dizer nada uma para outra
Afinal, nosso amor nunca precisou de palavras
Gestos ou olhares
Ela sentia que eu á amava
E eu sentia o mesmo também
Assim ficamos
E tivemos os mais breves e maravilhosos
Trinta minutos das nossas vidas.

[...]

É, eu vou sentir falta do cheiro de sundown que ficava em você quando chegava da praia aos domingos.

3 comentários:

Rodrigo Feitosa disse...

deu saudade até em mim.....

Anonima disse...

saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Clarice Lispector


só ñ vai comer sundown... :p
(êeee piadinha sem graça....)

C.D!!

Roberto Villar disse...

Como essa saudade quase todos os dias.

Mas tem saberes que a distância não destrói

E nosso saber é muito sabido, sabido caçador,
sabido educado
sabido alegre
sabido forte
sabido que não dobra