quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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sem tempo até pra você
e hoje?
não, hoje não!

sábado, 6 de novembro de 2010

Leve Tudo Embora

Você fica me mantendo afastado
Com suas palavras
Descobri ontem
Que tenho desperdiçado todo o meu tempo
Tentando fazer você sorrir
Tentando fazer valer a pena...
Enquanto você está se mantendo afastado.
Leve tudo embora


Pegue seu carro econômico e sua mala
pegue seus pequenos textos e vá embora
Leve tudo embora

Vá em frente e destrua tudo isso
E espero que se sinta muito bem
Não vai haver próxima vez
E estou cansada demais pro seu melodrama
Leve tudo embora

È melhor te ter afastado de mim
Cansei de todo o seu amor
E te quero longe daqui
Leve tudo embora

Nem sua alma me valhe nada
Cada palavra foi jogada ao lixo
E eu prefiro ficar aqui sozinha
Já que nem pena eu tenho mais de ti
Leve tudo embora

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Muito mais que uma carta de amor

Ao certo nem sei por onde começar, talvez por que eu já tenha usado toda a minha inspiração hoje. Talvez eu tenha escrito demais por hoje, e esse não seja o melhor momento de te escrever isso.

È tão difícil falar sobre nós, quanto é difícil não te ter ao meu lado. Mas hoje um amigo seu me disse: “se é isso que você quer, então não desista”. Então estou aqui, pra te dizer tudo que está aqui trancando a minha garganta e fazendo os meus olhos ficarem nublados com as lágrimas que insistem em chegar.

Enfim, isso é mais do que uma carta de amor, de despedia ou desculpa, talvez esse seja o último suspiro, a forma mais burra e ineficaz de chamar sua atenção. E é bem provável que não chame, e que as próximas linhas não venham mexer com o seu coração. Mas escrevo com todo o amor e esperança no qual eu rezo a noite.

Seria bom que eu pudesse voltar no tempo e concertar os meus erros e não presenciar os seus, seria mais fácil se houvesse borrachas pra apagar as mágoas e desilusões, mas infelizmente não há. Somos feitos disso tudo, de erros e acertos. E tudo já foi feito, dito, sofrido...

Mas eu não quero falar disso agora, pois não caberiam desculpa e dor nas próximas linhas. Quero que saiba das alegrias, das nossas alegrias... e de todo amor que sinto por ti. Acredite, não quero te sensibilizar com isso, não consegui nem fazer com que Deus pudesse atender meus pedidos... Imagine você.

Quero que saiba o quanto foi, e é importante na minha vida, o quanto o meu amor por ti é grande. Em como sinto o seu amor ainda me arder, mas eu ainda não sei se é bom ou ruim. É muito mais que corpo e alma, muito mais forte do que consigo explicar.

Sei que tenho milhões de defeitos, assim como ti.. assim como sei de outros tantos milhões de problemas teremos juntos. Mas não existe amor sem temor já diria Gal. E como eu já te disse várias vezes, eu tenho certeza que vou te amar pro resto da minha, que é só você...

E por mais que não esteja ao meu lado, sinto você em mim, sinto você em cada momento da minha vida, em cheiros, cores, músicas, lua... em tudo. E sei que vou ter que conviver com isso pra minha vida toda, como uma ferida acessa.

Assim como sei que esse amor basta para que eu queira ficar com você por mais que muitos me digam não, ou que fatos concretizem isso. Eu sei que nossa vida não é filme de comédia romântica onde tem todo o sofrimento, mas o casal acaba ficando junto, por simplesmente se amarem.

Apesar de ter certeza que só isso me basta, que EU TE AMO dá forma mais intensa e verdadeira que os mortais já viram, e você sabe disso.

E tudo isso aqui é pra te dizer exatamente isso. Que te amo, eu vou te amar pra sempre, e vou ter que aprender a conviver com isso e saber que por erros idiotas perdemos a chance mais bonita de nossas vidas. Mas aprendi que nunca é tarde pra tentar, tentar, tentar e continuar tentando. Pois acredito de toda minha alma e coração que é você o amor da minha vida, a melhor e pior coisa que poderia me acontecer.. rs rs

E eu vou continuar aqui, te amando, dia após dia sabendo que eu perdi o melhor da minha vida.

[parte I]

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

As flores que não são vistas

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A primavera chegou tão rápido que parece que já foi embora, pelo calor dos últimos dias chego a pensar que estou no verão.

De longe não dá nem pra notar, mas eu ainda não vi o solo sendo rasgado, as flores serem brotadas. Talvez elas até tenham florido e borboletas tenham surgidos na minha janela. Mas, quando percebi tudo tinha ido embora e junto com o jardim, não tínhamos mais esperanças de mudanças.

Não nos restava mais o que fazer, dizer ou sentir. Tínhamos chegado ao extremo, de sentidos, cores e dores. De longe nada disso dá pra ser notado. Mas, de perto elas aparecem demais. E tudo isso visto de muito perto perde o encanto, assim como você.

E ter você por perto pode ser bonito, encantador e alegre nos primeiros minutos, chega a ser mágico de tão fascinante que consegue ser.... mas depois de algum tempo tudo isso perde a graça, e você consegue ser tão desagradável quanto aquela praia no qual um dia eu vi na foto e achei linda, mas que quando cheguei lá tinha tanta gente que a beleza toda tinha ido embora e ela tinha se tornado insuportável.

Sozinho você não faz diferença nenhuma, sua cor e beleza não chama atenção não é tão atrativo quando está rodeado de outras tantas flores no jardim. E lhe falta outras tantas flores pra compor um lindo cenário.

E tudo isso tem uma conseqüência, alias sempre teve uma conseqüência, dor. E elas continuam aqui e irão surgir em todas as estações, mesmo que o calor ou o frio possa mudar a beleza da primavera. E é uma pena que não posso chamá-las de flores.

... mas é impossível que a primavera não traga alegrias e encantamentos junto com ela, e eu adoro essa sensação. Talvez que seja por isso que ainda continue achando a minha época favorita do ano, por que mesmo que depois de saber que todas as flores já brotaram eu consiga sentir uma flor brotando no jardim. Afinal nem toda flor pode ser vista, nem aquelas no ventre do jardim.

No ventre do meu jardim!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Conversas de Botas Batidas

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Entre um trago e outro do baseado ela tenta puxar, conversa

Ela – Vamos escrever..

Como de costume, ele lendo Bukowski lhe responde:

Ele – Eu não, to sem saco.

Ela já sobre efeitos do baseado ri sozinha, pensando em escrever justamente isso... Afinal, a maior dúvida que ela poderia ter naquela noite seria qual chocolate escolher no frigobar do motel, chokito ou diamante negro?


e Bob Dylan continua tocando... Like a rolling stone

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O seu deitar

Nos teus olhos me vejo
No delírio do que posso ver
Como um rato que suspira o queijo
O deitar de brussos
Branca como russos
Foi minha visão
Ou que sabe uma alusão
De que neste largo mundo
Donde sou oriundo
Eu possa ter tal compreensão.
[tua beleza simples]
Em que pra mim foge a razão.


A. L.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

...pro mundo ficar Odara

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Bastou o encontro
Ninguém disse nada pra ninguém
Nós simplesmente nos abraçamos
Como se já soubéssemos que talvez essa tenha sido a nossa última vez
Foi um abraço longo
Permanecemos assim pelo menos uns cinco minutos
Sem nenhuma palavra
Depois do longo abraço
Ela deitou no meu colo
Enfiando a cabeça nas minhas pernas
Como era de costume
E eu acariciava as suas costas
Enquanto via as minhas lágrimas correndo por ela
Continuamos assim
Sem dizer nada uma para outra
Afinal, nosso amor nunca precisou de palavras
Gestos ou olhares
Ela sentia que eu á amava
E eu sentia o mesmo também
Assim ficamos
E tivemos os mais breves e maravilhosos
Trinta minutos das nossas vidas.

[...]

É, eu vou sentir falta do cheiro de sundown que ficava em você quando chegava da praia aos domingos.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

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"Eu não pretendo dizer a ninguém
se eu serei para sempre assim
se pela volta que o mundo dá
ou se pela morte que tem que chegar
coragem só falta, pra quem nunca tem
Na verdade só sabe quem é de ninguém
De mim só eu sei, basta e não quero que ninguém me diga nada, me ensine nada não, me diga nada, me ensine nada
Não tenho medo de dar o passo que der eu sei a minha razão está em mim"

[...]


NB

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A menina e Deus

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6 meses que ela reza
No começo foi assim
Rezando pra ele voltar,
Mas o tempo passou e as lágrimas de costume secaram
Então ela pedia,
Toda noite outra reza
Agora ela queria esquecer
O amor que um dia Ele fez acontecer

Mas Deus perdido, não lhe concedeu esse pedido.
Ele já se sentia acuado por tanto sofrimento
Já que só Ele via toda noite o travesseiro umedecendo

Os dias foram passando e Deus ainda se perguntava
Quando era que essa menina iria parar de chorar pela pessoa amada
E nada Ele podia fazer
Já que um dia ele concedeu
Pra essa mesma menina um pedido bem antigo
E no dia 25 aconteceu o previsto
Ela então tinha encontrado o sonho mais sonhado
E Deus por justiça foi então abençoar

Era uma data importante,
Dessas melhor que aniversário
Com mais fogos e mais balão
Mas não era São João.

Era só comemoração...
A menina e seu amado
E Deus com seu filho tão lembrado.

Por fim os dois conversaram
E ela sabia que a escolha tava feita
Deus já tinha dado sua sentença.

Ele então abençoou
Aquele casal tão amado
Com a condição que só ela sabia
Mesmo assim ela aceitou
O que tinha combinado.

E agora como Ele faz
Se a menina não quer mais
Sofrer por aquele rapaz.

Mesmo sabendo que o acordo
Não podia ser quebrado
Já que ela prometeu no dia de Natal
Que nada mais ela queria na vida
Do que aquele amor concretizado.

Mas Deus lhe alertou que aquele amor
Também tinha seu lado mau.
E lhe alertou de todo sofrimento
Mas a menina não queria esperar mais nenhum momento.

Por fim eles fizeram o acordo
A menina e Deus.
E Não tinha mais volta
O trato estava feito
E de agora em diante
O amor aconteceu
Abençoado no dia do filho
mais importante de Deus.

E a reza não adianta
Já que naquelas letrinhas miúdas
Ela já tinha assinado
A sentença da sua vida


Mais ninguém nunca soube
Que ela tinha seu fardo
Afinal aquele amor não podia ser quebrado
E nada Deus poderia fazer
Já quem um dia essa menina
Prometeu de joelhos que aceitava seu destino
Aceitar aquele amor
Mesmo que um dia ele não fosse mais concebido.

E pelo resto da vida
A menina vai carregar
O seu amor, partido.
... um dia por Deus abençoado!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

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as idéias me fogem quando eu pego um papel!


... ou será que as idéias só surgem justamente quando não tenho papel? Aliás, quem precisa de papel mesmo?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Conversas de Botas Batidas

Aquela foi à última ligação do dia... e depois de longas conversas sobre o que ambos estão lendo e escrevendo.

Ele – Eai ta quase feliz?

Ela – Não existe quase feliz! Ou se é feliz ou não é...

Ele – É, mas às vezes eu sou quase feliz.

Ela – Não existe felicidade plena. A felicidade é feita de momentos, pequenas sucessões de acontecimentos.

Ele – É verdade, mas eu seria feliz se eu estivesse lendo essa poesia ao seu lado. Se você estivesse aqui comigo.

[ ... ]

Ele – Mas logo depois você iria me dizer coisas da qual eu não iria gostar, o que faria eu pensar coisas desagradáveis... e você sabe onde isso daria.

Ela – Tudo não passa de uma grande ilusão, de momentos. Assim como você escreveu no seu blog.

Ele – Não é assim...

Ela – Mas você escreveu isso!

Ele – Acho que você não entendeu sobre o que eu quis escrever, eu estava falando de amor...

A ligação cai e ambos não tentam mais falar um com o outro.

Ela – É, acho que ele nunca soube demonstrar sentimentos....

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Conversas de Botas Batidas

Entre uma música e outra ela tenta criar coragem de lhe fazer uma simples e crucial pergunta

Ela – Tenho uma pergunta pra lhe fazer.

Ele – Diga meu amor.

Ela (visivelmente nervosa) diz – Aaahh, calma meu amor. Tenho que criar coragem, não é assim.

Ele – ok então, mas faça logo.

Ela – É uma pergunta muito importante

Ele (sorrindo, com os olhos vidrados nela) diz – Pergunte meu amor, não tenha medo.

Ela – Tá bom.. Você tem que me responder sim ou não, mas antes eu tenho que me preparar pra resposta.

Enquanto isso ele ajeita o travesseiro do qual ela tanto adora na cabeça dela

Ele – Não tenha medo.

Três minutos depois...

Ele – Então meu amor?

Ela – Calma, calma... Ainda to sem coragem. É uma frase pequena, mas muito importante.... Vou te propor um acordo, certo?

Ele – Certo.

Ela – Você escolhe a próxima música e se tiver uma das palavras ou se tiver relação com a pergunta eu te pergunto.

Prontamente ele foi tateando entre várias opções até que escolheu a música. Ela surpresa se assusta ao saber que ele colocou exatamente a sua música favorita. Que começa exatamente assim:

“Love, love, love There's nothing you can do that can't be done Nothing you can sing that can't be sung…”

Alguns segundos depois...

Ela diz – É, você acertou. Já são 30% da pergunta.

Ele diz – 30% não, são 33%!

(ambos riem)

A música acaba e enquanto isso ela respira fundo como se tivesse tentando achar a coragem no fundo do pulmão e finalmente lhe faz a pergunta...

Ela – Você me ama?

Ele (com o olhar mais sereno do mundo) diz – Sim.

Eles se beijam e novamente ela faz outra pergunta.

Ela – Você já sabia que eu iria perguntar isso, Né?

Ele (rindo) diz – Sim, eu já sabia.

Ela chegou a lhe perguntar na mesma noite à mesma coisa umas três vezes pra ter certeza. E ele como sempre respondia sem questionar ou esperar nada dela em troca.

Enquanto ela terminava a noite ali deitada nos seus braços do lado esquerdo da cama, como era de costume. Ela ainda pensava, sem acreditar no que tinha ouvido.

E ele sem saber, não tinha idéia que ela tinha passado horas acordadas pensando naquelas simples e importantes palavras. Afinal, o homem pela qual está apaixonada disse: Eu amo você!

Agora lhe resta criar mais coragem pra fazer o mesmo, e dizer pra ele: Eu também amo você!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

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Palavras são exatamente como comidas. Alguém já parou pra pensar nisso ou sou eu e meus questionamentos sem futuro???

Ou você sabe cozinhar ou não sabe, senão você simplesmente enrola. É exatamente como escrever. Os dois são considerados como "arte" (a meu ver, claro). E ambos podem podem ser usados para os mesmos fins. Prazer e satisfação própria... por puro fingimento. Por que quem escreve e quem cozinha precisa da aprovação de outra pessoa, afinal não tem graça fazer aquela comida MARAVILHOSA e comer ela sozinha numa noite de terça-feira, ou escrever aquela poesia MAGNIFICA e deixá-la trancada na gaveta, ou no bloquinho de papel ao lado da cama.

E olha que eu ainda nem falei que ambas servem pra desabafar. Mas pra fazer bem feito tem que ter o dom pra coisa.. senão, como dizem: "Não cola"

Nas duas coisas você pode captar a essência da pessoa, o sentimento, à vontade, tem que ser feito com alma, entregue.... fora que as duas coisas são ótimos passatempos. Pra quem gosta lógico. Mas no fundo, a pessoa sente que fica aquele vazio, fica faltando algo.. um sal, uma pimenta.

Talvez seja por isso que eu ainda continue muito enjoada,
só que agora to tendo vertigem.
È, vertigem.

Todo esse caldeirão cibernético me traz umas comidinhas insossas.
Todas muitos iguais. Parecidas com feijão e arroz, daqueles bem mal feitos. E a sensação de quando olho pra ele é exatamente aquela que eu tinha quando era 5ª série e pintava qualquer merda num papel branco e ficava olhando 10 segundos sem piscar. Aquela sensação estranha, que pode até causar náuseas e dor de cabeça se fixar demais os olhos nela. É exatamente isso que eu vejo quando leio (ops, quando eu como) esse preto e branco. Esse feijão com arroz.

Afinal, eu não me atrevo a ir na cozinha fazer uma a parmegiana, sendo que nem sei como preparar o arroz de acompanhamento (fica a dica).

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

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Me revira o estomago saber que você existe e o quanto desprezível e repugnante consegue ser, sem nenhum esforço. Nenhum.

domingo, 3 de outubro de 2010

Ele e Ela

Ela sente que não tem mais os olhos dele
Ele diz que não encontra mais os delas
Ela teima em achar que ele escolheu outro caminho
Ele sempre colocando a culpa nela
Ela consegue ver mais do que ele
Ele teima em se fazer de cego
Ela diz que não tem medo
Ele senti que não tem coragem
Ela procura as cores
Ele apaga todas elas
Ela senti que acredita
Ele diz que não quer tentar
Ela senti saudades
Ele tenta não sentir
Ela busca soluções
Ele quer explicações
Ela falta paciência
Ele tem de sobra
Ela tem gentileza
Ele falta delicadeza
Ela esquece
Ele não perdoa
Ela é insegura
Ele tem a vida nas mãos
Ela sente que perdeu tudo
Ele tenta achar o que não perdeu
Ela não sabe começar
Ele já se fez por inteiro
Ela ainda chora
Ele já começa a rir
Ela ainda é fraca
Ele continua forte como nunca
Ela espera pelo dia
Ele ve as noites passar
Ela começou a escrever
Ele já tem até livros
Ela volta
Ele eu já não sei se vem
Ela tem uma filha
Ele também
Ela acha que vai ter Francisco
Ele deve pensar nisso também
Ela tem sonhos
Ele também
Ela ama
Ele também
Ela quer...

… Ele...


… já não sei

Que as músicas toquem

no caminhos e nos pastos
nos enxames e nas vacas,
pelos cavalos na estrada.

Que sejam as de Vinicius, Caetano e Chico
as melodias cantada.

no asfaltos e nas praias
nos cachorros e nas raposas,
pelas tartarugas na estrada.

Que sejam as mulheres as que cantam o teu caminho,
antigas como Calcanhoto e novas como a do Monte.

no chão batido e nas rodovias
nos gatos e nas cabras,
Pelos porcos na estrada.

Que sejam agora Fagner, Belchior e Raul,
todas muito biograficas.

As próximas a serem tocadas,
mas já não se ouve...

No asfalto, praia, serra, pastos, rodovias, chão batido..
nos caminhos, nas estradas.

O que se ouve agora é pouco
uma nota, mal tocada.

Já não se sabe que lado seguir,
sabe apenas que perdeu
as músicas para ouvir.

Sem cor, sem perfume, sem bicho, sem música, sem amor
Sem nada...



Apenas estrada.

domingo, 19 de setembro de 2010

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Meu córtex frontal orbital não funciona muito bem... mas, quem disse que a raiva tem que ser socialmente aceitável??

sábado, 18 de setembro de 2010

acho que eu vou tirar outros textos da gaveta...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

carta pra você

Nada me lembrou mais o que você escreveu do que uma música (depois de ter você), uma de tantas que embalaram velhos tempos, talvez seja por que se eu continuar a ouvir a sequência que toca no meu mp4, ele virá logo em algum momento, assim como tantas outras, assim como nesse momento ouço Chico César. Das quais eu escute quase que diariamente.
Talvez eu goste de sofrer, talvez eu goste de lembrar de você, de te sentir por perto, de sentir saudade... talvez, talvez.
Não sinto que elas foram tiradas de mim, nem de ti. (tive que parar de escrever... pra te dizer que agora ouço Marisa Monte “mesmo na distancia meu pensamento voa longe demais”) Agora começou a tocar uma de Cazuza, que você nunca entendeu... Pra que mentir Fingir que perdoou Tentar ficar amigos sem rancor A emoção acabou Que coincidência é o amor.
Vou parar por aqui, por que já estou em Belchior, e todas as músicas acabariam com pausas, tão dramáticas quanto uma novela de Manoel Carlos....
Elas continuam aqui, tocando, diariamente, como sempre foi. E elas só fazem me mostrar das coisas que um dia eu tive, e não que eu tenha perdido elas. Dos males, as músicas são os menores.
Ainda não soube ajeitar a minha vida, ainda ando sem rumo, sem sonhos... sem saber o que fazer. E não quero pensar que perdi amigos, amores, livros, filmes, poesias, canções, sonhos, filhos, sorte, cores... muitas cores.
Pensar assim tornaria minha vida muito vazia, mas eu ainda tenho pequenas coisinhas simples que eu amo, e que sempre me fazem feliz por pouco. Como o sorriso da minha mãe de manhã, uma ligação de Nina numa sexta a noite, uma bola gorda branca que me espera todo dia na porta quando eu chego do trabalho, que chora toda vez que eu saio para ir trabalhar. Os miados de pepininho, as conversas de Pêpa....
Sobre a gorda, ela é sua, e nunca vai deixar de ser. E você tem o direito de buscar ela. È muito triste te dizer isso, eu já começo a chorar em saber que eu não vou e nem posso ficar com ela. Que depois que você levar ela, eu nunca mais verei, e se vir, ela não vai nem lembrar de mim. E que provavelmente ela venha amar outras pessoas, ela venha esperar outras pessoas no portão, e não a mim.
E por mais que os dias passem, as noites caiam um vazio continua... e no meio dessa multidão toda, entre, carros, chuvas, assaltos e o mundo que não para. Eu me vejo procurando um lugar no qual me encaixe, onde se tenha mais cores que o preto.
Ainda bem que eu não vejo vacas por aqui, pois seria uma tortura, mas hoje mesmo eu achei um Tordilho, daquele, do jeito que um dia eu te falei...

sexta-feira, 5 de março de 2010

sem inspirações novamente.